Aromaterapia na gestação
Aromaterapia na gestação: os óleos essenciais podem ser utilizados durante a gravidez, parto e pós-parto, mas é preciso ter alguns cuidados. Leia abaixo.
A Aromaterapia tem sido amplamente utilizada e pesquisada, por isso muitos conceitos e usos foram revisados. Muita coisa mudou no mundo da Aromaterapia nos últimos anos com as experiências baseadas em uso clínico de médicos, enfermeiras e pesquisadores. As pesquisas realizadas revisaram as informações bibliográficas existentes, sendo que algumas delas foram fundamentadas e outras contestadas. No livro, Clinical Aromatherapy, Essencial Oils in Practice – Jane Buckle, renomada e experiente enfermeira inglesa, nos fornece uma série de dados práticos sobre o uso dos Óleos Essenciais colhidos da prática de seu trabalho de enfermagem ao longo dos últimos 25 anos.
Segundo Jane Buckle (2003), as indicações da Aromaterapia na gestação são controversas, e a maioria dos medos do uso de óleos essenciais durante esse período são infundadas. Algumas escolas de Aromaterapia condenam o uso dos óleos essenciais nos três primeiros meses de gestação, outras questionam seu uso durante todo esse período. Desde a tragédia ocorrida com a talidomida, gestantes e obstetras estão tomando precauções extras a qualquer substância que possa causar efeitos adversos ao feto ou afetar a segurança da gestação. Contudo, os óleos essenciais tem sido usados por centenas de anos por gestantes na forma de perfumes, sabonetes, shampoos, etc.
Apesar de tantas precauções, tanto medo e tanta controversas, existem registros apenas com dois óleos essenciais com ação abortiva – Poejo e Salsa – porém, observa-se que esse fato ocorreu devido ao mal uso dos óleos essenciais. Estes foram ingeridos em proporções elevadas. No caso do Poejo, foi ingerido 10 ml, isso ocasionou hepatotoxicidade seguida de aborto. Já o óleo essencial de Salsa foi ingerido numa proporção entre 1,5-6ml durante 8 dias consecutivos. Essas são proporções muito superiores as utilizadas em tratamentos aromaterápicos onde são usadas apenas 1 a 6 gotas aplicadas topicamente ou inaladas. Não existe nenhum outro registro comprovado de utilização da aromaterapia na gestação de forma correta (aplicações por inalações ou aplicação tópica) que causou aborto ou dano ao feto.
Existe apenas 1 componente químico que demonstrou efeitos teratogênicos testado em animais de laboratório (Guba 2002), o acetato de sabinila, encontrado em concentração de 20% no Óleo Essencial de Junipero sabina e 10% do Óleo Essencial de salvia lavandulifolia (sálvia espanhola). Estes dois Óleos Essenciais devem ser evitados durante a gestação, e de qualquer forma esses não possuem uso aromaterápico, nem são comercializados por empresas sérias de Aromaterapia.
Buckle cita alguns livros disponíveis no mercado que abordam o tema do uso de Óleos Essenciais na gestação, incluindo dois que foram escritos por parteiras- Aromatherapy in Midwifery Practice- Tiran(1996) e Aromatherapy for the Mother and baby- England (1994). England atende a 2500 partos por ano e Tiran é conferencista em obstetrícia na universidade de Greenwich. No Reino Unido e Londres, os Óleos Essenciais tem sido utilizados em hospitais desde 1987.
O uso a aromaterapia na gestação pode ser de muita serventia a futura mamãe aliviando sintomas de cansaço, dores nas costas, reduzindo enjoos, pré-ocupações, insônia e trazendo o sentimento de empoderamento, fazendo com que a mulher se sinta mais bonita. Segundo Buckle, se houver a chance de escolha entre o uso de substâncias químicas sintéticas (relativamente novas, sem muito tempo de estudo de seus efeitos a longo prazo) ou Óleos Essenciais (com centenas de anos de estudo) seria prudente escolher o último.
Alguns óleos essenciais são considerados emenagogos, propriedade terapêutica com potencial de constrição uterina, que poderá facilitar o fluxo menstrual. De qualquer forma, os hormônios e os efeitos físicos na gestação são diferentes do período menstrual, e Guba (2002) sugere que em aplicação tópica ou inalação os efeitos emenagogos dos óleos essenciais não irão interferir na estabilidade da gestação. Também, existe conflitos nas informações de quais óleos essenciais são emenagogos ou não. Alguns autores acreditam que a Lavandula angustifolia possui ação emenagoga, porém afirmam que este óleo essencial é seguro para ser utilizados nos três primeiros meses da gestação (England 1994). Outros dizem que não deve ser usada nos três primeiros meses, e outros não mencionam a não utilização em nenhum momento da gestação.
Ainda segundo Buckle, é extremamente difícil que uma gestação segura seja comprometida devido ao uso de óleos essenciais emenagogos. Os bebês não se desalojam com tanta facilidade em uma gestação segura. De qualquer forma, se a gestante já teve algum aborto, será prudente evitar o uso da Aromaterapia, principalmente nos três primeiros meses.
Brinker (2000), sugere que os seguintes óleos essenciais sejam evitados durante os três primeiros meses de gestação: Angélica, Camomila romana e alemã, Canela, todos os cítricos, Mirra, Lemongrass, Hyssopo, Lavanda, Melissa, Hortelã pimenta, Manjericão, Pimenta preta,Alecrim, Sândalo, Vetiver e Gengibre. Porém, Buckle afirma que em 25 anos de trabalho tem acompanhado muitos amigos, pacientes e nenhum deles foi acometido por efeitos indesejáveis com o uso seguro em inalação e uso tópico dos óleos essenciais durante a gestação.
A experiência clínica de Jane, nos auxilia no cuidado do dia a dia de nosso corpo com mais acurácia e segurança. E qual mulher não aprecia informações seguras, testadas e aprovadas por profissionais da área da saúde no uso de substâncias naturais para guarnecer sua saúde e de sua família? Estamos buscando sem trégua substitutos de medicamentos sintéticos para melhorar nossa qualidade de vida, estamos fugindo dos efeitos colaterais para os problemas básicos de saúde no dia a dia. Para esses momentos, usemos com segurança e com um enfoque científico a aromaterapia na gestação.
A Terra Flor Aromaterapia até hoje fez uso de materiais advindo da escola francesa de Aromaterapia, a bibliografia utilizada como base para nossos folders e matérias de educação provém da Escola de Aromaterapia de Lyon: Les cahiers pratique D’aromathérapie selon L’ecole Françoise – BADOUX, Dominique. Grossesse. Luxenburg: Ed.Inspir, 2006.
Porém, novas bibliografias vem sempre surgindo e vamos acrescentando novas versões, novos estudos. Na semana que vem falaremos dos Óleos Essenciais úteis durante o trabalho de parto e na próxima semana descreveremos sobre os Óleos Essenciais utilizados para reduzir a hipertensão durante o período gestacional. Fique ligado!
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