Entre brigas e brincadeiras: o presente que vem da comunicação paterna
Nos irritamos — e muito — com as broncas… Mas também tem as piadas… Que normalmente são ruins (vale ressaltar), mas é aí que mora a graça.
Pai, suas palavras nos acompanham a vida inteira. Traduzem a complexidade do mundo lá fora para uma linguagem infanto-afetiva que molda nossa capacidade de interpretação. Por isso, tudo que você tem a dizer é tão importante.
Em um momento tão crucial quanto a formação intelectual e emocional, crianças são bombardeadas por diferentes ideologias e informações. Em meio a esse turbilhão de considerações, há sempre uma âncora para ensiná-los a firmeza da qual irão usufruir por toda a vida. Como a maior referência de sabedoria, credibilidade, discernimento vem de casa, nos amparamos nos pais para construir a visão de mundo.
O envolvimento paterno mostra um pedacinho do mundo ainda não explorado. Os relatos apresentam um novo cotidiano, as histórias mirabolantes divertem e as broncas, às vezes duras, ensinam. Tudo isso orienta e estimula a partilha que começa cedo, antes mesmo da fase escolar, com o primeiro: “meu pai me disse” (ou “minha mãe me disse”, no caso das “pães”).
Crescer acompanhados por discursos paternos ternos e afetuosos nos ensina a reproduzir esse padrão em nossa própria comunicação e a repudiar aquilo que fuja desse modelo. Construímos, assim, relações mais saudáveis, baseadas no amor próprio e no respeito mútuo.
Além de nos apresentar o mundo, a comunicação paterna nos estimula a apresentar o nosso próprio mundo, movidos pela saúde socioemocional que vem da honestidade, companheirismo, rigor e diversão que nos oferecem todos os dias.